OMS afirma que 160 crianças são mortas por dia em Gaza

Ao completar um mês, nesta terça-feira (7) desde os ataques do grupo Hamas em Israel, o porta-voz da Organização Mundial da Saúde, OMS, afirma que o nível de morte e sofrimento é “difícil de compreender”. Christian Lindmeier disse a jornalistas em Genebra que, em média, 160 crianças são mortas na Faixa de Gaza diariamente.

Segundo o Ministério da Saúde em Gaza, administrado pelo Hamas, o número total de mortos ultrapassou 10 mil. Nos últimos dias, os bombardeios israelenses seguiram se intensificando e as operações militares no terreno continuam.

Esforços

Lindmeier insistiu que é necessário vontade política para caminhar com uma pausa humanitária e acesso para aliviar o sofrimento da população civil, bem como dos reféns em Gaza.

O chefe dos direitos humanos da ONU, Volker Turk, iniciou uma visita de cinco dias no Cairo, Egito, para se reunir com autoridades do governo, sociedade civil, vítimas e colegas da ONU.

Ele enfatizou que “violações dos direitos humanos estão na raiz dessa escalada e desempenham um papel central para encontrar uma saída desse redemoinho de dor”.

Refugiados

A agência da ONU para refugiados palestinos, Unrwa, afirmou que mais de dois em cada três habitantes de Gaza foram deslocados em um mês.

Para a Unrwa, isso ocorre por conta do medo constante e condições de vida desumanas para quase 1,5 milhão de pessoas.

A agência ainda destaca a luta diária para encontrar comida e água, bem como interrupções regulares nas telecomunicações que isolam as pessoas de seus entes queridos e do resto do mundo.

Mais de 717 mil pessoas estão abrigadas em 149 instalações da Unrwa em toda a área, incluindo no norte, que foi isolado do resto do território devido a operações militares israelenses.

Para Lindmeier, não há justificativa para o horror que os civis em Gaza estão sofrendo, destacando a necessidade de água, combustível, alimentos e acesso seguro aos cuidados de saúde para sobreviver.

Trabalhadores humanitários

Ele reiterou os apelos da ONU por “acesso irrestrito, seguro e protegido” para cerca de 500 caminhões de ajuda por dia, não apenas na fronteira, mas também para os pacientes nos hospitais, onde cirurgias, incluindo amputações, estão sendo realizadas sem anestesia.

Centenas de caminhões de ajuda aguardam acesso na fronteira Egito-Gaza, e os agentes humanitários no local em Gaza estão prontos para facilitar a distribuição de itens de socorro.

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Redacao EJ

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