Jaboatão ocupa 4a posição no Brasil com áreas de risco

Dos 20 municípios brasileiros identificados com áreas de risco alto e muito alto, três estão situados no Nordeste.

Com maior densidade de risco no Nordeste aparece Jaboatão dos Guararapes na Região Metropolitana do Recife, na quarta posição, com 193 pontos mapeados.

Outros dois locais com áreas vulneráveis de deslizamentos de barreiras, habitações sem infraestrutura, construções irregulares na região estão as cidades de São Luís (MA), com 84 áreas de risco localizadas, e João Pessoa (PB), com 64.

Os estados da Bahia e de Pernambuco lideram no Nordeste com 773 áreas de riscos mapeadas na BA e 666 em Pernambuco. Santa Catarina, Minas Gerais e Espírito Santo ocupam os primeiros lugares entre os Estados brasileiros.

Mapeamento das áreas de risco no Brasil,incluindo os 20 municípios com maior densidade/ Fonte: Geo Portal- CPRM

O mapeamento foi feito até janeiro deste ano pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM). Foram identificadas 1.632 cidades com áreas de risco e, destas, 1575 como regiões de alto e muito alto. Até o momento, são 13,5 mil áreas de risco em todo o Brasil e quatro milhões de pessoas vivem nessas localidades.

O que dizem os especialistas 

Júlio Lana, pesquisador em Geociências e geólogo e coordenador-executivo da Setorização de Áreas de Risco, explica que a área de risco é “uma porção ocupada do território sujeita, portanto, a sofrer perdas ou danos decorrentes da ação de eventos geológicos adversos, como os deslizamentos de encostas ou inundações”.

O pesquisador diz que a estimativa é de que essas áreas sejam habitadas por aproximadamente quatro milhões de pessoas.

“É importante ressaltar também que esse número tende a aumentar na medida em que novos municípios sejam mapeados. Ou seja, ele não corresponde ao total de pessoas que moram em áreas de risco no país”, explica o pesquisador.

Como é feita a análise 

Para Ana Ávila, professora da Unicamp e doutora em Engenharia Agrícola, informa que a análise de uma área de risco é feita a partir de estudos baseados nas características geológicas de cada local.

“É feito um levantamento de informações de clima, solo, orografia e, com base nisso, é feito então um mapa de risco”, completa Ana.

Tragédia no litoral norte de São Paulo 

No último final de semana (18 e 19), o litoral norte paulista foi atingido por fortes chuvas. As cidades mais afetadas foram São Sebastião, Ubatuba, Bertioga, Ilhabela, Caraguatatuba, Santos, São Vicente e Praia Grande.

De acordo com o governo de São Paulo, até o momento foram confirmados 54 óbitos, sendo 53 em São Sebastião e 1 em Ubatuba. 38 corpos já foram identificados e liberados para o sepultamento.

Atualmente, a prioridade segue no socorro às vítimas e no fornecimento aos mais de 2.251 desalojados e 1.815 desabrigados.

Em nota sobre o acontecimento, o Ministério do Desenvolvimento Regional informou que as ações abrangem o repasse de recursos para aquisição de cestas básicas, kits de limpeza de residências, de higiene pessoal e de dormitório, colchões, redes, refeições para as equipes de trabalho, água mineral, combustível e aluguel de caminhão pipa e de outros veículos.

A pasta também ressalta que serão destinados recursos para limpeza de ruas, desobstrução de bueiros, restabelecimento de estradas e reconstrução de pontes, bueiros, prédios públicos, unidades habitacionais e outras infraestruturas públicas destruídas.

 

* Com informações do Brasil 61 

 

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Luciana Leão

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