Mortes violentas intencionais caem no país, em 2022

A taxa de mortes violentas intencionais caiu 2,4% no país em 2022 na comparação com 2021. São consideradas mortes violentas não intencionais aquelas decorrentes de homicídios dolosos, latrocínio, lesão corporal seguida de morte, intervenção policial e morte de policiais.

Os dados, divulgados hoje (20), são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).  

Em 2022, o Brasil registrou 47.508 mortes violentas intencionais (MVI), categoria criada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) que agrega as vítimas de homicídio doloso (incluindo feminicídios e policiais assassinados), roubos seguidos de morte, lesão corporal seguida de morte e as mortes decorrentes de intervenções policiais.

Esse número só é maior daquele observado em 2011, primeiro ano da série histórica monitorada pelo FBSP.  Dados foam divulgados nesta quinta-feira (20) pelo FBSP,  e publicados no Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

Análise regional

A análise da distribuição das mortes indica um quadro bastante heterogêneo no contexto nacional. Nas regiões Sul e Centro-oeste a violência letal cresceu, respectivamente, 3,4% e 0,8%. O Sudeste apresentou redução de 2% e as regiões Norte e Nordeste, que viveram períodos agudos de crescimento da violência letal na década passada, foram capazes de reagir e apresentaram reduções importantes.

“No Norte, a redução foi de 2,7% e, no Nordeste, chegou a 4,5% de queda. Apenas na região Nordeste, cerca de 889 vidas foram poupadas, o que forçou a redução da violência letal nacionalmente. Apesar do resultado positivo, as duas regiões ainda convivem com taxas muito elevadas de violência letal”, diz trechos do Anuário.

Amapá é o estado mais violento

Na escala subnacional, o estado mais violento do país  em 2022 foi o Amapá, com taxa de MVI (mortes violentas intencionais) de 50,6 por 100 mil habitantes, mais do que o dobro da média nacional.

O segundo estado mais letal foi a Bahia, com taxa de 47,1 por 100 mil e, na terceira posição,  o Amazonas, com taxa de 38,8 por 100 mil.

No outro extremo, as unidades da federação com as menores taxas de violência letal foram São Paulo, com 8,4 mortes por 100 mil habitantes, Santa Catarina, com 9,1 por 100 mil e o Distrito Federal, com taxa de 11,3.  Ao todo, 20 estados registraram taxas de MVI acima da média nacional.

Cabo de Santo Agostinho é a 5ª mais violenta cidade do país

A Bahia lidera a lista com as cidades mais violentas e tem quatro no topo da lista em mortes violentas intencionais: Jequié (MVI 88,8), Santo Antônio de Jesus (88,3), Simões Filho (87,4) e Camaçari (82,1).

Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife, aparece em 5º no ranking, com 81,2 por 100 mil habitantes. Vitória de Santo Antão ficou em 27º, com  51,5 e São Lourenço da Mata, na 30ª posição, com 50,3. Ainda em Pernambuco, na região do Agreste, Garanhuns ficou na 39ª posição, com 44, 3 a taxa de MVI. Jaboatão dos Guararapes, na RMR, aparece em 42º lugar entre as 50 cidades mais violentas, com 44,6 por 100 mil .

*Com informações do Anuário Brasileiro de Segurança Pública e Agência Brasil

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Luciana Leão

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