“Mitigação, adaptação, financiamento e colaboração” são os “quatro objetivos-chave” estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) contra a crise climática, em pronunciamento neste domingo (6), aos participantes da COP27 em Sharm el-Sheikh, Egito, chamando para uma ação urgente contra a mudança climática e para colocar a saúde no centro de suas negociações.
“Investir em energia limpa produz ganhos duplos para a saúde”. E “há intervenções capazes de reduzir as emissões de poluentes climáticos de curta duração, por exemplo, aplicando padrões mais elevados sobre emissões dos veículos”: foi calculado até 2050 salvar “cerca de 2,4 milhões de vidas por ano, graças à melhoria da qualidade do ar e de um uma redução no aquecimento global de cerca de 0,5°C”, declara a OMS.
Como resultado desta emergência, milhões de pessoas já adoeceram em todo o planeta e outras vão adoecer, adverte a agência de Genebra. “Mas há espaço para a esperança”, assegura, “particularmente se os governos agirem agora para honrar os compromissos assumidos em Glasgow em novembro 2021”.
Energia solar
A Organização Mundial da Saúde (OMS) lembra que o custo da energia renovável tem significativamente diminuído nos últimos anos. “A energia solar é agora mais barata do que o carvão ou o gás na maioria das principais economias”, exemplifica a OMS, que apela aos governos para “procederem a uma eliminação progressiva justa, equitativa e rápida dos combustíveis fósseis e a transição para um futuro de energia limpa”.
Na frente da descarbonização, a agência propõe “um tratado de não-proliferação de combustíveis fósseis, para a eliminação gradual do carvão e semelhantes”, o que “representaria uma das contribuições mais significativas para a mitigação da mudança climática”.
Melhorar a saúde humana
“Todos podem contribuir para uma melhor saúde humana”, enfatiza a OMS, “seja promovendo a difusão de espaços nas cidades, seja apoiando campanhas para limitar o tráfego local e melhorar o transporte. O compromisso e a participação das comunidades” no combate à mudança climática “é essencial para construir resiliência e fortalecer os sistemas alimentares e de saúde, e isto é particularmente importante para populações vulneráveis e pequenas estados insulares em desenvolvimento, que estão suportando o peso de eventos climáticos extremos.
Mas também comunidades e regiões que estão menos familiarizadas com o clima extremo devem fortalecer sua resiliência”, aponta a agência, à luz do que “temos visto recentemente com as inundações e ondas de calor na Europa central”. A OMS encoraja a todos a “trabalharem com seus líderes locais sobre estas questões e tomar medidas em suas comunidades”.
“A política climática deve agora colocar a saúde no centro… reitera a OMS – e promover políticas para mitigar a mudança climática que simultaneamente tragam benefícios à saúde. Uma política climática voltada para a saúde ajudaria a construir um planeta com ar mais limpo, água doce e alimentos mais abundantes e seguros, sistemas de saúde e de proteção social mais eficazes e equitativos e, consequentemente, pessoas mais saudáveis”.
*Com informaões do Vatican News, por Sivonei José
Foto destaque : Vatican News
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