*Por Etiene Ramos
A guerra entre a Rússia e a Ucrânia despertou o mundo para a relevância do gás como insumo básico na geração de energia limpa e sustentável, no presente e mais ainda no futuro. A guerra detonou uma crise energética pela escassez de gás e petróleo, elevando os seus preços e repercutindo no aumento da inflação nos países, a maioria dependente destas commodities para sustentar suas economias.
Essa Crise é também uma oportunidade para discutirmos os desafios e o potencial do mercado de gás no Brasil, à luz do Marco Regulatório do Gás Natural, sancionado pelo presidente da República, em 2021.
Neste Cenário, o Seminário GÁS – o combustível da transição energética, uma realização do www.movimentoeconomico.com.br, em parceria com a Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), irá reunir especialistas, empresários e estudiosos, nesta terça-feira(19), no Recife, para mostrar o que já temos e o que ainda é preciso fazer para a expansão desse mercado.
O interesse é compartilhado entre vários setores da indústria, do agronegócio e dos serviços. O Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar-PE),a Companhia Pernambucana de Gás (Copergás) e a On Corp, fabricante de sistemas para geração de energia, apoiam o Seminário que irá trazer experiências exitosas na produção de biogás e de biometano, derivado do biogás e substituto do gás natural, com a vantagem de ser um insumo renovável.
Pernambuco e Ceará se destacam, respectivamente, pela geração do biogás a partir do lixo de aterros sanitários, e pelo case da união entre governo estadual e iniciativa privada para produzir o biometano, que já responde por 15% do gás distribuído pela Companhia de Gás do Ceará – Cegás. Esses insumos já começam a ser gerados para produção de energia limpa, renovável e mais acessível, por prefeituras que investem em políticas ambientais e vêm extinguindo lixões com os aterros sanitários; pelos produtores avícolas e por usinas de açúcar e álcool que aproveitam os rejeitos da produção.
Especialistas e cases na programação
Convidados por suas trajetórias e vivências na pesquisa, no mercado e na política de energias renováveis, com foco no gás, os palestrantes do Seminário GÁS – o’combustível da transição energética, vão ampliar as perspectivas do público depois de suas apresentações e debates em mesas-redondas.
A palestra de abertura será com o presidente da Associação Brasileira de Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado – Abegás, Augusto Salomon. No cargo desde 2009 ele é uma das autoridades para falar do tema escolhido: “O potencial do mercado de gás”, que será debatido em seguida com o coordenador geral de Agroenergia do Ministério das Minas e Energia, Cid Caldas; o diretor da OnCorp, João Mattos, o presidente do Porto de Suape, Roberto Gusmão.
A palestra seguinte será a do presidente da Datagro Consultoria, Plínio Nastari, um dos maiores especialistas do Brasil em mercados agrícolas, sobre o tema “Biogás como solução energética descarbonizada”. Na sequência, a mesa de debates formada pelo presidente do Sindaçúcar-PE, Renato Cunha; o assistente da diretoria Técnica-Comercial da Copergás, Fabio Morgado; e a gerente executiva da Associação Brasileira de Biogás (Abiogás), Tamar Roitman.
No encerramento, o presidente da Cegás, Hugo Figueiredo, irá apresentar o “Case da Cegas com o biometano”, abrindo espaço para a discussão na mesa redonda do tema “Oportunidades de negócios no mercado de biometano e biogás”, com as participações do presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco – Adepe, Roberto de Abreu e Lima, e do secretário de Ciência e Tecnologia de Pernambuco, José Fernando Thomé Jucá.
*Etiene Ramos é jornalista e da Ascom do Seminário