Com base na análise de 54 critérios, divididos em três grupos: prontidão futura, conhecimento e tecnologia, o IMD (International Institute for Management Development), escola de negócios da Suíça divulgou nesta quarta-feira (28) o ranking de competitividade Digital de 2022 , com avaliação de 63 países.
O Brasil perdeu uma posição em relação a 2021, quando ocupava a 51° lugar da lista. No novo estudo, ocupa a 52a colocação.
“As nações digitais resultam de uma combinação de talento digital, regulamentação digital, governança de dados, atitudes digitais e disponibilidade de capital”, comentou Arturo Brisa, diretor da WCC – sigla em inglês para Centro Mundial de Competitividade –centro do IMD responsável pela elaboração da lista (https://www.imd.org/centers/world-competitiveness-center/rankings/world-digital-competitiveness
Os primeiros e os últimos
Entre os primeiros colocados estão Dinamarca (1°); Estados Unidos (2º); Suécia (3º); Cingapura (4°); Suíça (5°); Holanda (6°); Finlândia (7°); Coreia do Sul (8°);Hong Kong(9°) e Canadá (10°).
Nas últimas posições dos países analisados constam: Brasil (52°); Jordânia (53°); Turquia (54°); México (55°); Filipinas(56°); Peru (57°); África do Sul (58°); Argentina (59°); Colômbia(60°); Botsuana (61); Mongólia(62°); Venezuela (63°).

Na apresentação, os responsáveis pela sexta edição do estudo explicaram que o “Ranking quantifica a capacidade de uma economia adotar e explorar novas tecnologias digitais para transformar práticas governamentais, modelos de negócios e a sociedade em geral”.
O total de economias que o Ranking deste ano avalia é de 63, duas economias a menos do que o esperado pelos organizadores. Isso, segundo os responsáveis, ” confiabilidade dos dados coletados para a Rússia e a Ucrânia foi limitada e, portanto, esses dois países não estão incluídos na edição deste ano”, comentam.
Para explicar os resultados e as análises do ranking os autores relembram alguns fatos foram levados em conta como a pandemia da Covid-19, que começou há quase três anos obrigou as economias a lidar com “uma crise de saúde, uma crise econômica subsequente e o retorno do risco geopolítico. Para gerir a complexidade desses desafios, alguns serviços e tarefas tiveram de aumentar a sua disponibilidade no espaço virtual para os do espaço físico, onde muitos anteriormente operavam exclusivamente”, reforçam no comunicado.
“Isso aumentou o número de riscos associados a crimes digitais, como fraudes, bem como roubos de dados comerciais e pessoais”, diz o documento do IMD.
Para capturar a capacidade de uma economia de salvaguardar a segurança e a integridade de seu domínio digital, este ano o Ranking do IMD introduziu dois novos critérios: a capacidade de segurança cibernética do governo e a proteção da privacidade por lei.
“Nossa análise destaca que tanto os governos quanto o setor privado precisam aumentar a segurança de sua infraestrutura digital para minimizar possíveis roubos e danos de dados. Uma maneira de conseguir isso é aumentar a eficácia da estrutura regulatória no que se refere à criação de negócios, bem como à tecnologia e ao desenvolvimento científico. Finalmente, uma base de conhecimento robusta também é muito importante”.
Para ler o estudo completo:
https://www.imd.org/centers/world-competitiveness-center/rankings/world-digital-competitiveness/