Nove mil civis mortos, entre as vítimas, 500 crianças
As civilizações sempre perpetuaram as guerras com objetivos claros: a ganância de conquistar mais territórios e poder. Isso, acredito, aprendemos ao longo dos anos.
Nesta data , 7 de julho, completa-se 500 dias, desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro de 2022.
Os números devem ser muito maiores. O mundo assiste. Esforços são divulgados para conter essa guerra que destruiu não somente vidas, o que é mais valioso, óbvio, mas também transforma dia a dia o mercado no mundo.
A fome, a falta de energia em parte da Europa, alimentos têm preços inflacionados em todo o planeta. Ambos fornecem alimentos, como grãos e energia para parte da Europa.
Perdas são maiores
De acordo com a Missão de Monitoramento de direitos humanos da ONU, que trabalha na Ucrânia desde 2014, a realidade é três vezes mais civis foram mortos neste período do que durante os oito anos anteriores de hostilidades no leste da Ucrânia
Peso do conflito na população
Segundo o Escritório das Nações Unidas no país, os números reais de vítimas são provavelmente muito maiores. O vice-chefe da missão no país, Noel Calhoun, afirma que este é outro “triste marco” desta guerra, que continua impactar terrivelmente a vida dos ucranianos.
A ONU observou que os números mensais gerais de vítimas diminuíram no início deste ano em comparação com 2022, mas em maio e junho a média de vítimas aumentou novamente.
Em 27 de junho, 13 civis, incluindo quatro crianças, morreram após em um ataque de míssil no início da noite em uma área comercial movimentada em Kramatorsk, no leste da Ucrânia.
Entre os que morreram no ataque de Kramatorsk estava Viktoriia Amelina, uma escritora ucraniana e defensora dos direitos humanos, que não resistiu aos ferimentos no início desta semana.
Poucos dias depois, outro ataque com míssil matou civis na cidade ocidental de Lviv, colocando as duas últimas semanas entre as mais mortais desde o início da invasão russa.
Patrimônio histórico
Um bombardeio noturno de um prédio histórico em Lviv, nesta quinta-feira (06/07), causou a reação da Unesco. A agência da ONU classificou o ataque como uma violação da Convenção para a Proteção dos Bens Culturais.
E o que fazer? Diante da hostilidade do presidente da Rússia, Vladimir Putin.
A coordenadora humanitário da ONU na Ucrânia, Denise Brown afirmou que o recente bombardeio aconteceu uma semana após atos em Kramatorsk, Kharkiv, Sumy e outras áreas da Ucrânia.
Para ela, esses ataques estão causando perdas e destruição a um povo que “vive os horrores da invasão em grande escala da Rússia à Ucrânia”.
Ela destacou o cumprimento do direito internacional, que exige a proteção de civis em conflitos.,
Investigações em Zaporizhzhia
Também nesta sexta-feira, a Agência Internacional de Energia Atômica, Aiea, disse que não encontrou “nenhuma indicação visível” de que existam explosivos na usina nuclear de Zaporizhzhia.
O diretor-geral da agência da ONU, Rafael Mariano Grossi, pede que os especialistas tenham acesso às demais áreas da instalação.
A Aiea afirma que ouviu relatos de que minas e outros explosivos foram colocados dentro e ao redor da usina, atualmente localizada na linha de frente do conflito militar na Ucrânia.
Grossi reiterou a importância da verificação de todas as partes da instalação para monitorar o cumprimento integral dos cinco princípios básicos de proteção da maior usina nuclear da Europa, cujos seis reatores permanecem parados.
Os cinco princípios básicos para a proteção de Zaporizhzhia, estabelecido em 30 de maio no Conselho de Segurança das Nações Unidas, afirmam que não deve haver nenhum ataque originado da instalação ou contra a usina. O local também não deve ser usado como armazenamento ou base para armas pesadas.
*Com colaboração de conteúdo da ONUNEWS