“Águas da Serra”está sendo executado em Jataúba, no agreste pernambucano
Implementar um sistema de agroflorestas para moradores do município de Jataúba, localizado no agreste de Pernambuco, para promover a recuperação das nascentes do Rio Capibaribe, um dos principais corpos fluviais do estado.
Este é o principal objetivo do projeto “Águas da Serra”. Contemplado no edital 01/2021 do Fundo Estadual de Meio Ambiente (Fema), o projeto tem duração de 12 meses e ainda está em desenvolvimento, busca sensibilizar e capacitar cerca de 12 famílias agricultoras, quatro jovens guardiões e 30 estudantes do ensino fundamental para que eles entendam a importância da proteção às Áreas de Proteção Permanente (APP´s).
Ações ambientais
As equipes realizam reflorestamento em quatro nascentes do Capibaribe que sofrem com o processo de degradação ambiental, por meio da implementação de quatro sistemas de agroflorestas e três de reuso de águas cinzas.

Também compõe as incitivas do “Águas da Serra” realizar debates acerca dos conhecimentos sobre a preservação de mata ciliares, mananciais e reservatórios, essenciais para o abastecimento público e demais atividades da localidade.
O projeto ainda realiza ações de Educação Ambiental para 30 estudantes e duas educadoras da Rede Municipal de Ensino de Jataúba, além de atividades formativas com potencial de recrutar e mobilizar novos integrantes. Ao todo, a ação vai atingir mais de 135 famílias agricultoras de diversas comunidades que usufruem diretamente dos recursos da água das nascentes e riachos, como Sítio Sobrado e Sítio Alagoinhas.
O que são agloflorestas?
As agroflorestas consistem em um novo modelo de uso do solo. Nelas, as plantações e cultivos são feitos em consonância com a flora natural da floresta e o cultivo é totalmente orgânico e com espécies enriquecedoras para o ecossistema.
Com elas, o meio ambiente da região sofre menos degradações em relação ao cultivo em larga escala e à monocultura, por exemplo, amplamente utilizados no país.
“A ideia desse trabalho é recuperar quatro nascentes através da implementação das SAF´s, que são os sistemas agroflorestais. Eles estão recuperando as nascentes e ao mesmo tempo estão produzindo alimentos através da agroecologia”, explicou Sérgio Mendonça, gerente de Biodiversidade e Floresta da Semas.
Ele também destacou a implementação dos sistemas de reaproveitamento de águas cinzas (RAC´s), que nada mais são do que as águas advindas da gordura que acaba passando pelos filtros. Esses sistemas permitem utilizar essa água em outras atividades, especialmente na irrigação.
Fotos: Divulgação Centro Sabiá
*Redação do EJ com Semas-PE