Economia circular, economia verde talvez estejam em um dos principais temas numa rodada de conversas no meio corporativo ou mesmo em conversas informais entre amigos e amigas, na atualidade.
Porém, poucos se atentam quando vão às compras, principalmente, em época de Black Friday, Copa do Mundo, e as proximidades das festas de fim de ano, a necessidade de saber de como esses produtos chegam às prateleiras, como são produzidos.
Então, é hora de colocar esse tema em pauta, mesmo se for aquele item super descolado que você tanto tinha vontade de adquirir.
A indústria de vestuário
A indústria de vestuário é uma das principais responsáveis por não praticar o que as famosas letrinhas do momento ESG, em inglês, Environmental, Social and Governance, ou Desenvolvimento Econômico com responsabilidade social e governança.
Segundo dados da ONU Meio Ambiente, o segmento têxtil é o segundo que mais consome água e emite até 10% dos gases estufa do planeta e enfrenta o desafio de desenvolver uma cadeia produtiva limpa e sustentável.
Estima-se que o setor perde cerca de US$ 500 bilhões com o descarte de roupas que são destinados a aterros e não são recicladas, sem falar na liberação de 500 mil toneladas de microfibras sintéticas no oceanos todos os anos, além de poluir o solo a partir do uso de pesticidas no plantio de fibras naturais.
Economia circular
Daí, vem a importância da economia circular, um modelo econômico que, logicamente, não se encaixa nos moldes do capitalismo de nossa atualidade. Mas, existem marcas que se preocupam e estamos aqui para falar delas. As que fazem a diferença, pelo mundo.
Para citar apenas duas: Patagônia, marca casual fundada na Califórnia, nos EUA, pelo surfista e ambientalista Yvon Chouinard. Até os dias atuais, a Patagônia tem um olhar de sustentabilidade para a cadeia toda. A preocupação vai desde a plantação nos campos de algodão até o bem-estar dos funcionários e com toda a cadeia de produção.
Mais próximo de nós, temos a Refazenda, criada pela estilista paraibana Magna Coeli, que adotou Pernambuco como sua terra, para imprimir mudanças sustentáveis no seu segmento. São 32 anos de história, em prol de atitudes sustentáveis para aqueles que trabalham em sua indústria, como também para os que adquirem suas peças.
A ideia da estilista foi criar um novo estilo de comportamento, aliado ao planejamento de todo o material usado no ciclo, inclusive as até então indesejadas “sobras, retalhos”. Mas não era simplesmente reciclar: um modelo de produção sustentável, como o próprio conceito sugere, precisava se bastar em todos os processos da marca.
Como ela mesmo diz: “Era necessário fechar o ciclo, lançar mão de uma economia genuinamente circular, em que 100% da matéria-prima fosse utilizada dentro do seu propósito de existir, selando parcerias com artesãos e pequenos produtores locais, agregando, assim, alta qualidade, design inovador, conteúdo técnico-cultural, atemporalidade e afetividade”.
E o que isso tem a ver com economia circular em tempos de Black Friday, promoções de fim de ano, etc e tal. Muito.
A Refazenda, instituiu o Green Friday, com descontos acessíveis em suas unidades no Recife, mas também pensou em como aproveitar a data, sem praticar o greenwashing, e ajudar o meio ambiente e entidades sociais, nessas datas emblemáticas de consumo.
Então, vamos lá incentivar a iniciativa da Refazenda. A campanha Green Friday permite que ao você doar uma peça Refazenda que não usa mais, você ganha um desconto de 10% off para sua próxima compra nas lojas físicas da marca ou no site.
Para doar é simples: leve sua peça até uma das unidades físicas, em bom estado de conservação, e tais peças doadas serão destinadas para três instituições filantrópicas: O GAC, Casa de Maria e IMIP.
Gostou da ideia, então compartilha. Essa campanha vale até o dia 27 de novembro e o crédito concedido valerá até 31 de dezembro.