Economia global pode entrar em recessão em 2023

Alta nos preços dos alimentos vem impulsionando a inflação global

Um novo estudo do Banco Mundial alerta para o risco de uma recessão global em 2023, além de crises que podem causar danos duradouros às economias em desenvolvimento.

O documento vem a público no momento em que a economia global sofre a desaceleração mais acentuada desde a década de 70, após uma recuperação pós-recessão.

Guerra da Rússia contra a Ucrânia

As economias dos Estados Unidos, China e da zona do euro, as três maiores do mundo, recuaram drasticamente.

Além disso, em 2022, os bancos centrais de todo o globo estão aumentando as taxas de juros em um grau de sincronicidade inédito nas últimas cinco décadas.

A medida tem o objetivo de responder à alta da inflação, que foi impulsionada pela pandemia e pela guerra da Rússia contra a Ucrânia, especialmente nos setores de energia e alimentos.

Os aumentos nos juros podem deixar a taxa de inflação central global em cerca de 5% em 2023. É quase o dobro da média de cinco anos antes da pandemia, segundo o estudo.

Para reduzir a inflação global a uma taxa correspondente às suas metas, os bancos centrais podem ter que aumentar as taxas de juros em 2 pontos percentuais adicionais, de acordo com o relatório.

Definição técnica

Caso isso seja acompanhado por estresse no mercado financeiro, o crescimento do PIB global poderia desacelerar para 0,5% em 2023, ou seja: uma contração de 0,4% em termos per capita, que atenderia à definição técnica de uma recessão global.

De acordo com a publicação, a parcela de países que vão apertar as políticas fiscais em 2023 deverá atingir o nível mais alto registrado desde o início da década de 1990.

Por esse motivo, os formuladores de políticas públicas devem estabelecer planos fiscais viáveis no médio prazo e fornecer ajuda direcionada às famílias vulneráveis.

O estudo também recomenda a criação de políticas públicas para trazer os desempregados de volta ao mercado de trabalho, incrementar a oferta global de produtos básicos, reduzir o consumo de energia e fortalecer as redes de comércio global.

*Mariana Ceratti, do Banco Mundial Brasil para a ONU News.

 

 

 

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Redacao EJ

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