Perda de mais de 6% do volume de gelo foi confirmada pela Comissão Criosférica da Academia Suíça de Ciências; Organização Meteorológica Mundial ressalta ano calamitoso para as geleiras alpinas.
Organização Meteorológica Mundial, OMM, considera 2022 “um ano catastrófico para glaciares dos Alpes”. A declaração ocorre após a confirmação da perda das geleiras suíças em mais de 6% do seu volume. A redução se deve à falta de neve no inverno e ao calor extremo no verão.

Michel Baronian: Degelo excedeu em muito os recordes anteriores do verão quente de 2003
Nos anos em que a perda da massa de gelo foi de 2%, a situação foi classificada de “extrema”. O derretimento das geleiras é um dos indicadores do Estado do Clima da OMM.
Estado do Clima
De acordo com a publicação, divulgada nesta semana, as geleiras perderam cerca de 3km cúbicos de gelo somente neste ano.
Esse total quebra os recordes anteriores de derretimento segundo o relatório da Comissão Criosférica da Academia Suíça de Ciências. O estudo mostra que a escala drástica do recuo glacial só tende a piorar.

O degelo excedeu em muito os recordes anteriores do verão quente de 2003. Esta realidade foi particularmente dramática para as pequenas geleiras.
Por exemplo, os glaciares de Pizol, localizado no Cantão de St. Gallen, de Vadret dal Corvatsch, em Grisões, e Schwarzbachfirn, em Uri, praticamente desapareceram. A situação levou à interrupção das medições.
Reservatórios
De acordo com os analistas, a tendência de derretimento também revela a importância das geleiras para o abastecimento de água e energia em anos quentes e secos.
Os registros de julho e agosto teriam fornecido água suficiente para encher todos os reservatórios dos Alpes suíços do zero.
Fonte: ONU NEWS