O Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), terá sua 30ª edição aberta hoje (15) com a presença do governador Paulo Câmara. Na ocasião da abertura, será lançado um livro que marca a trajetória do FIG ao longo das últimas três décadas. Publicado pela Cepe Editora, Festival de Inverno de Garanhuns – 30 anos será lançado, às 18h, no Teatro Reinaldo de Oliveira – Sesc de Garanhuns.
Com 168 páginas e fartamente ilustrado – fotos dos acervos da Fundarpe, Jornal do Commercio e de coleções particulares de fotógrafos pernambucanos – , o livro faz o resgate memorial do FIG desde 1991. Adota o formato de linha do tempo, em que textos jornalísticos são intercalados por depoimentos de artistas, realizadores culturais, gestores e ex-gestores.

Foi editado pelo jornalista e escritor Marcelo Pereira, com coordenação da jornalista e escritora Michelle de Assumpção (que também assina a pesquisa e textos com a colaboração do jornalista Márcio Bastos), projeto gráfico de Lucas Torres e colaboração de especialistas, como os jornalistas José Teles, Júlio Cavani e Leidson Ferraz.
O livro, memória dessa jornada de trinta anos, resgata momentos importantes. E eles foram muitos. Como na edição de 1997, que em sua abertura registrou, em show inédito, o reencontro do casal Airto Moreira e Flora Purim com o percussionista Naná Vasconcelos. Ou a primeira apresentação da banda Nação Zumbi, em Pernambuco, após a morte de Chico Science em show que emocionou a plateia.
“Participei do primeiro FIG como jornalista convidado pelo presidente da Fundarpe, Rubinho Valença, para testemunhar a transformação de um sonho em realidade, que acompanhei a cada julho de garoa e celebração. A cada ano, o festival foi se transformando, crescendo e ganhando corpo. Ao passear pela linha do tempo dos 30 festivais, o livro reaviva aqueles momentos no leitor e em quem os viveu”, assegura Marcelo Pereira.
Depoimentos
Em sua proposta editorial, o livro também assegura o protagonismo, através dos muitos depoimentos, aos personagens envolvidos no processo que consolidou o festival. Lá estão testemunhos como o do garanhuense Marcílio Lins Reinaux, professor de História da Arte da UFPE, que depois de conhecer os Festivais de Inverno de Ouro Preto (MG) e Campos do Jordão (SP), propôs ao prefeito Ivo Amaral a realização de um evento na cidade – que se tornaria realidade dez anos depois estando Marcílio e Ivo ainda na linha de frente.
“O FIG é um case de sucesso em termos de festival multilinguagem, sendo único no formato em que se apresenta: descentralizado por cerca de 24 polos de atração. São palcos e espaços para a música, cultura popular, circo, teatro, dança, literatura, artes visuais, artesanato, gastronomia, entre outros. Ocupa toda uma cidade, promovendo uma circulação de milhares de pessoas e de artistas. Para o público, é entretenimento, arte, cultura, formação. Para artistas, é uma fundamental plataforma de circulação de projetos e ideias. Para nós, gestores, uma política pública exitosa, que é uma referência para o país”, destaca André Brasileiro, coordenador-geral do FIG.
*Com informações da Ascom – Cepe