No ritmo atual, Brasil deve cumprir apenas 1/4 das metas da agenda 2030

O presidente Lula irá participar nesta terça-feira (19) da 78ª Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), em Nova York.

O encontro global teve início mais cedo, nesta segunda-feira (18), com a realização do SDG Summit 2023 para debater o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), por parte das diversas nações.

Trata-se dos 17 objetivos pactuados junto à ONU em 2015 para cumprimento até 2030.

Relatório da ONU

Embora o chefe do Executivo brasileiro tenha a seu favor apresentar uma agenda socioambiental mais favorável do que o último governo, o relatório das Nações Unidas prevê que o Brasil, no ritmo atual, deve cumprir apenas 1/4 das metas dentro do prazo.

Sérgio Andrade, especialista da Agenda Pública. Foto: Divulgação

“É importante apontar que as medidas atuais são absolutamente insuficientes para que os ODS sejam atingidos. Ao contrário, temos observado uma evolução muito baixa dos indicadores”, alerta Sergio Andrade, cientista político e diretor da ONG Agenda Pública.

O especialista lembra que a chamada Agenda 2030 perdeu o protagonismo no mundo nos últimos anos por conta da pandemia da Covid-19, da guerra na Ucrânia, além de outros conflitos.

No caso do Brasil, houve paralisia no andamento da agenda por parte do Executivo.

Retomada precisa ser acelerada

“Recentemente, ocorreu uma retomada tanto do ponto de vista do discurso público, como de ações concretas, que sinalizam para programas sociais de combate à desigualdade, às diferenças de gênero, raça e progressos nas questões ambientais” , pontua Andrade.

Segundo o especialista, o governo tem realizado um esforço coordenado com o PAC 3 e o esboço para um Plano de Transição Ecológica. Contudo, em sua avaliação,  “isso ainda não é suficiente”.

“Necessitamos de uma atuação a nível dos governos estaduais e municipais. Além disso, é necessário impulsionar parcerias público-privadas para que os objetivos mais ligados aos temas econômicos, como geração de empregos, inclusão produtiva e descarbonização possam ser alcançados”.

Para Sérgio Andrade é necessário que as políticas de desenvolvimento econômico sustentável sejam mais ambiciosas, combinando modernização das infraestruturas e modernização da nossa matriz econômica em bases sustentáveis.

*Com informações da Agenda Pública

 

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Luciana Leão

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