O calor intenso está tomando conta de grande parte do Hemisfério Norte, enquanto várias outras regiões enfrentam fortes chuvas e inundações trágicas.
Os dados preliminares reunidos pela Organização Meteorológica Mundial revelam que junho teve a temperatura média global mais quente já registrada. A tendência continuou nas primeiras semanas de julho.
Perigo de incêndios
Segundo o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, a agência está intensificando esforços para “ajudar a sociedade a se adaptar ao que infelizmente está se tornando o novo normal.”
Há previsão de temperaturas elevadas na região do Mediterrâneo pelo menos durante as próximas duas semanas, chegando até 5°C acima da média histórica.
O Serviço de Gestão de Emergências Copernicus, da União Europeia, alertou para um perigo “extremo” de incêndios na maior parte do Península Ibérica, com um perigo “muito extremo” em partes de Espanha.
Segundo a OMM, o Mar Mediterrâneo deve atingir temperaturas excepcionalmente altas nos próximos dias e semanas. Os impactos das ondas de calor marinhas incluem migração de espécies e extinções, além da chegada de espécies invasoras, com consequências para a pesca e aquicultura.
Chuvas fortes e inundações

A OMM lembra que, à medida que o planeta aquece, maior a chance de chuvas cada vez mais intensas e frequentes. No nordeste dos EUA, partes da Nova Inglaterra estão enfrentando chuvas torrenciais após graves inundações no início de julho e o estado de Nova York emitiu emergência de inundação.
No norte da Índia, estradas e pontes desabaram e casas foram arrastadas enquanto rios transbordavam durante fortes chuvas de monções e inundações que mataram dezenas de pessoas.
As inundações no noroeste da China mataram cerca de 15 pessoas, levando o presidente Xi Jinping a pedir maiores esforços para proteger a população de condições climáticas extremas.
A Agência Meteorológica Japonesa, JMA, emitiu alertas de emergência de chuva forte, para as Prefeituras de Fukuoka e Oita, em Kyushu, a terceira maior ilha do país.
Taalas afirma que, o clima extremo está tendo um grande impacto na saúde humana, ecossistemas, economias, agricultura, energia e abastecimento de água.
Para ele, isso ressalta “a crescente urgência de reduzir as emissões de gases de efeito estufa o mais rápido e profundamente possível.”